Lenda Urbana

Dissecando o filme

Nota: 8,0

Este filme foi lançado nos EUA em 1998 com o nome original Urban Legend, e apesar de ser velho para o nosso ano 2013, o telespectador passa por um certo susto provocado pelo suspense gerado, principalmente no final do filme. A história começa com uma certa garota chamada, Michelle Mancini, que está rodando de carro em uma rodovia, e ao perceber que está acabando a gasolina, ela resolve parar em um posto de gasolina com aparência sinistra que aparece em uma coincidência e tanta. A personagem ao não ver ninguém, ela buzina e quem aparece? Brad Dourif o dublador do filme Brinquedo Assassino, apenas como participação especial. Quem faz a outra ponta como participação especial também é Robert Englund, o eterno Freddy Krueger, e o frentista ao gaguejar deixa a sua cliente norvosa, atendendo normalmente a Michelle, o frentista vai a loja de convêniencia (ou o que era para ser de tão bagunçado) retornando avisando que havia recebido uma ligação da operadora do cartão. E acompanha o frentista até a loja, chegando lá ele tranca a porta deixando a Michelle assustada e percebendo também que não havia ligação alguma, atacando o azarado e fugindo de carro e ele gritando "há alguém atrás do carro", mas já era tarde ela não havia escutado o grito por causa do rádio, sendo atacada por um machado e como consequência decapitada.

Esta história acaba sendo repercutida pelos colegas de faculdade ao qual ela estudava, e eles começam a relacionar a história da vítima em um crime acontecido há 25 anos, por um professor que ficou louco e atacou a própria faculdade que ele lecionava. E passado estes mesmos 25 anos havia um professor que lecionava uma turma, e a aula era exatamente sobre lendas urbanas, e o professor que se chamava William Wexler (Robert Englund) ministrava a aula de forma cabulosa com direito a um machado, e num futuro breve ia rolar uma festa para celebrar os 25 anos deste massacre. E o filme começa neste ponto com várias mortes, e mesmo sendo terror o suspense é muito bem trabalhado.

A segunda morte acontece quando um cara dos seis amigos, o Damon Brooks, oferece de  ser amigo para a Natalie Simon que ficou arrasada com a morte de sua antiga amiga, a Michelle, e eles resolvem conversar em um carro do Damon em um lugar bem sombrio e afastado da faculdade, e nisso o Damon começa a se declarar e revelando suas reais intenções: namorar. E a Natalie não por satisfeita revida com um tapa no colega, que por sua vez alega que não vai desistir do amor e vai em uma árvore para urinar, e não demora muito para ser atacado, o criminoso não hesita e ataca também a Natalie, com golpes de machado no teto do carro. Percebendo que está sendo atacada a Natalie acelera o carro, caindo em um pequeno barranco, novamente sendo perseguida ela dá a ré no carro derrubando o oponente, nisso o corpo do Damon cai por consequência de ser amarrado no pescoço e enforcado por uma corda que ele subiu ao ser acelerado pelo carro. A Natalie foge do local, e chama a segurança do campus, que ao chegar não vê nada e subestimar que a jovem estava drogada ou alcoolizada.

        

O assassino sempre usava um casaco de esquimó armado com um machado, e a Natalie discutindo a situação com seus colegas, as mortes, percebe que as mortes sempre se assemelham com as lendas urbanas americanas, e não demora para que aos poucos todas as pessoas que mantém uma relação com ela vá para o óbito, e na sequência morre a colega de quarto Tosh, uma roqueira maníaca depressiva, estrangulada, que por causa do comportamento estranho dela, todo mundo acha que foi suícidio, versão apoiada pelo reitor da universidade.  A personagem apesar de ser coadjuvante, contribuiu bastante com a trilha sonora da obra com umas músicas de rock.

A Natalie acaba sendo constantemente procurada pelo estudante repórter da universidade, o Paul Gardner que aos poucos com o convívio com a Natalie ele transmiti confiança para ela, a personagem se incomodando com os supostos ataques aos amigos dela por pânico ao aparecer pessoas usando a mesma roupa de frio do assassino, resolve investigar os crimes com o amigo repórter. Ao perguntar ao zelador da universidade se ele trabalhava na época dos crimes cometidos no passado o zelador encaminha ao professor  William Wexler. Chegando na sala do professor, encontram a porta fechada, mas eles invadem a sala assim mesmo abrindo a porta com o cartão na fechadura, ao entrar os dois começam a revirar a sala no intuito de encontrar alguma coisa relacionada as mortes, mas a Natalie encontra uma sala dentro da sala do mesmo e encontra vários objetos inclusive um machado. a dupla é flagrada pelo professor e levada a sala do reitor, o chefe então admite na reunião ter encontrado nos arquivos dela que ela tem registro de má conduta, deixando o Paul impressionado e desconfiado dela. A Natalie relata para a melhor amiga dela o que houve, a Brenda Bates, A mesma amiga questiona o que deixou ela suja nos registros, a Natalie explica que e a Michelle eram amigas e que resolveram brincar de "iniciação de gangue". Esta lenda urbana conta que, um condutor anda de farol apagado, até alguém piscar o farol indicando que está apagado, é nesse momento que o condutor de farol apagado começa a perseguir o condutor que avisou, só que antes de terminar a tal brincadeira o condutor que avisou a Michelle sofreu um acidente que culminou na morte antes mesmo do socorro chegar.

E então finalmente chega o dia da festa, o dia de celebrar os 25 anos do ocorrido, e pouco a pouco os amigos de Natalie são mortos, até que no final da festa só sobra ela, a melhor amiga dela e o Paul, mas no meio da fuga e do desespero, os três se perdem, e a perseguição do assassino começa, e começa o suspense  no telespectador de quem será o assassino. Será o professor Wexler? Será o zelador? Mas os personagens suspeitos são mortos, o professor é encontrado esfaqueado no porta malas do carro do Paul e o zelador morre em um acidente de carro tentando fugir da perseguição do assassino ao avisar que o farol estava apagado.

Mas no decorrer da fuga a protagonista  fica desarcodada, e é levada para uma casa, ao acordar percebe que está presa por umas cordas e amordaçada, quando de repente o assassino aparece  sem a roupa de frio, a pessoa que estava matando todo mundo era a melhor amiga dela da faculdade, a Brenda Bates e a vítima fica confusa ao descobrir que era a melhor amiga e pergunta porque? A Brenda revela que ela ia se casar com o motorista morto naquele acidente,  que ela e a Michelle perseguiram, o outro motivo é porquê ela era apaixonada pelo Paul gerando um triângulo amoroso. Revelando que todos os amigos morreram com uma história que se assemelha com alguma lenda urbana e que a dela ia ser a do roubo do rim, gerando um pânico afinal não ia haver anestesia na intervenção. E chega a segurança mas ela afobada acaba sendo baleada e a intervenção dela fracassa. Posteriormente chega o Paul fingindo que vai apoiar a Brenda mas ela não cai na armadilha, começa uma perseguição uma atrás da outra terminando na Brenda sendo baleada. A personagem ainda se esconde no banco de trás do carro do casal mas no momento do ataque o Paul joga o carro pro canto ponte, no parapeito, arremessando a Brenda da ponte e finalmente morrendo.

O filme mesmo sendo lançado em 1998 tem uma história que prende o telespectador, embora o roteiro seja bem escrito e tenha um final surpreendente, o filme pegou carona com histórias de outros filmes lançados no passado, e são vários: o assassino foi só pegar a receita do Jason, o roteiro pegou emprestado da série Pânico, e o filme ainda tem um clima do filme "A Morte Convida Para Dançar". Mesmo com os altos e baixos o filme não ficou ruim, mas poderia ter ficado melhor se o roteirista tivesse mais criatividade, afinal ficou muitas coisas em abertas para a pessoa que assistiu o filme. Como será que realmente aconteceu a história do massacre? Há uma cena que as amigas falam cinco vezes o nome Bloody Mary e escutam um grito de um eco de alguém sendo atacado como aconteceu isto? Na morte do Damon como a personagem teve força de pendurar um homem em uma árvore? Mas mesmo assim o filme teve um orçamento modesto de 14 milhões e faturou 72.527,595 de dólares, um sucesso para um filme mediano.

A equipe do filme também não decepciona tem o Brad Dourif  fazendo uma ponta e o Robert Englund, quem também estava de famoso era o Christopher Young, responsável pela música e que tem no currículo o filme Hellraiser, os outros atores que completam o elenco mesmo sendo a maioria de primeira viajem e com trabalhos de pouca expressão como comerciais não decepcionam. Enfim que deixe bem claro este é mais um dos filmes de terror lançado para o público adolescente, mas mesmo assim vale a pena dar uma conferida e até a próxima!

Curiosidades:

Mesmo o filme revelando que o assassino era a Brenda Bates, quem usava a roupa de frio para interpretar o assassino era um homem.