Nota: 5,5
Vamos lá, quem foi Dália Negra? Foi uma atriz, americana que morreu assassinada, seu corpo foi mutilado em vários pedaços, por um assassino desconhecido e que até hoje o caso encontra-se sem solução. Ok, o filme explica isto e ainda indica que o último a ver a Dália viva foi um produtor de filmes. Agora imagine a Dália viva! Ela faz um pacto com o Diabo no intuito de se vingar da sua morte. Pois bem o roteiro é isto mesmo, se você pensa que se tratava de uma biografia dela, você está redondamente enganado.
Está bem que no ano de 2006 foi lançado dois filmes sob este título, por isto não coloquei o ano do lado, no caso existe este filme ao qual estou fazendo a resenha, tem como título original "Black Dhalia" e o outro filme é o do lendário diretor Brian De Palma com o título de "The Black Dhalia". Que conta uma história muito melhor, apesar de eu não ter assistido, de qualquer forma se fosse uma produção capenga não seria a indicada ao Oscar de melhor fotografia. Mas voltemos ao filme do alemão Ulli Lommel, logo não sei se o do Brian de Palma se encaixaria no blog para fazer a resenha, afinal é um suspense meio a drama.
O roteiro deste filme de 81 minutos, é bem simples, começa com uma introdução explicando o porque das mortes que no caso a Elizabeth Short, conhecida também pelo apelido Beth, renasce nos tempos atuais com uma alma atormentada querendo vingança. Neste intuito ela põe um anúncio de que haverá um filme e que estão realizando testes para o papel do personagem que também se chamará Dália Negra, pode ser confuso mas é isto mesmo, um falso anúncio de um filme que nunca existirá. E a vítima ao chegar num prédio com aparência de prisão, se depara sempre com a Dália, vestida de colegial e sempre falando em tom de autoridade. Ela tira as medidas e depois mata do mesmo modo ao qual ela foi assassinada no ano de 1946, com diferença nos instrumentos de torturas de hoje.
Após a matança ela mais os torturadores ficam dançando com os pedaços dos corpos, que em nenhum momento do filme fala alguma coisa, ou expressa algum sentimento, simplesmente agem como o exterminador do futuro. O filme chega a ser tão ridículo de tal forma, que o roteiro foi escrito em cima de duas cenas: as dos assassinatos cometidos pela Dália Negra e os policiais investigando, ou seja é uma hora e meia de filme só nisso. Mata e polícia; mata e polícia; mata e polícia... e por aí vai. A trilha sonora também não ajuda, principalmente na parte ao qual os torturadores ficam dançando.
Embora a película tenha vários pontos fracos, a atuação dos atores são boas e os efeitos especiais também não é só desastre. Agora se você que está lendo, não liga muito para o roteiro e só quer saber de filme gore com aquelas cenas grotescas de repente, vale a pena dar uma conferida. Ainda que esta obra seja considerada ruim, o diretor mantém um respeito como o "mestre do horror", mesmo que seus filmes não façam sucesso no Brasil e ele não seja muito conhecido, contudo não quero pegar Dália Negra e generalizar como um diretor ruim quanto as outras obras sem menos conhecer ou assistir, neste caso procurarei mais me aprofundar nas obras dele e talvez até crie um marcador, mas ainda estou com receio de encontrar outro "Dália Negra".
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