O Massacre dos Barbys

domingo, 12 de julho de 2015.
Provavelmente o melhor filme de Jess Franco

Nota: 7,0


O Massacre dos Barbys ou simplesmente Killer Barbys, foi lançado em 1996. No Brasil o DVD chegou através da Vinny Filmes numa coleção intitulada "Clássicos do Terror" que foi lançado em dezembro de 2011. Esta obra do Jess Franco pseudônimo de Jésus Franco teve um desempenho mediano, e talvez um dos melhores filme na direção desse diretor espanhol, logo ele tem muitos filmes de temática trash, como "Vampiros Lesbos", "O Oasis do Zumbi" filme que faz parte da coleção e outros filmes de terror trash em sua maioria inédita no país.

                                                                             

A história do filme é bem clara que se baseia na história de Elizabeth Bathory, embora o nome dela em nenhum momento seja pronunciado ou mencionado durante a trama. Elizabeth Bathory para quem não sabe, foi uma condessa húngara que viveu entre 1560-1614 e acreditava que bebendo e se banhando no sangue de suas vítimas estaria garantindo uma beleza longeva. E é isso o que o filme retrata, sobre uma banda punk que quebra o carro nas províncias de um castelo isolado e mora uma condessa que pratica a mesma coisa.

O filme começa com uma apresentação de uma banda punk também espanhola, chamada The Killer Barbys, e a apresentação começa bem "caliente" logo a vocalista da banda se apresenta de biquíni. Acabando a apresentação deles, a banda, pega seu furgão provavelmente uma Kombi antiga da VW, toda caracterizada com o nome da banda e cai na estrada, que supostamente foi uma armação proposital, porque quem observa na apresentação da banda no início do filme observa que um personagem em comum que estava no público trabalha no castelo da condessa. O nome desse sujeito é Arkan, namorado e fiel escudeiro da condessa Von Fledermaus, que mais tarde vai se revelar como uma artista do passado com o nome de Olga Luchan.

                                                                                    

A vocalista Flávia namora o empresário da banda o Rafa, que ainda tem como integrantes o Mário e o Billy que namora a Sharon. O elenco do filme é pequeno e se restringe a banda que dá nome ao mesmo, ao casal, que no caso é a condessa, e o Arkan que tenta rejuvenescer ela, e o braço direito do Arkan, o Baltasar. E uma hilariante dupla de anões que no filme inteiro interpreta duas crianças, não sei porque o diretor fez isso mas ficou tosco, O Arkan educadamente na maior cortesia, chama os jovens para irem ao castelo, sem suspeitar de nada a Flávia, o Rafa e o Mario seguem o homem enquanto o Billy e a Sharon permanecem no furgão para ficar transando. 

                                                                                    

O filme mesmo tendo uma atuação modesta, mantém as características de filme B com a qual o diretor está acostumado a trabalhar nesse tipo de produção, podemos observar esses pontos nos anões interpretando crianças, outra cena interessante é quando a Sharon que está sendo perseguida pela dupla Arkan e Baltasar, e que está totalmente nua correndo por uma floresta, quando de repente o Baltasar golpeia o pescoço dela com uma foice decapitando na hora, e quando a cabeça cai numa pedra, a cabeça dá um grito de agonia. Os primeiros a serem atacados é o casal Billy e Sharon que por não ficarem no castelo os dois ficam vulneráveis, após Sharon morrer e ser levada por Baltasar para uma espécie de "abatedouro" onde ele costuma fazer suas vítimas para então coletar todo o sangue no intuito de ser servido a condessa posteriormente, os dois tem planos de matar todos os jovens no castelo.

                                                                                   


Mas o plano dos dois começa a dar errado quando o próprio Arkan se comunica com o Baltasar através de um interfone fingindo ser um telefone, e o Mario desconfia da farsa, a própria condessa dá os vacilos dela, ela seduz o Rafa namorado da então vocalista Flávia do Killer Barbys e leva para o quarto que após transar, mata o rapaz a facadas, e fazendo ecoar pelo castelo todo os gritos de agonia da morte. O final ficou bem criativo, mas sem fugir das tosqueiras do diretor Jess Franco. É um filme que ainda consigo recomendar, as tosqueiras embora existam, não atrapalha no entendimento e na diversão. O filme foi avaliado no site IMDb com nota 3,1/10.

                                                                           

Curiosidades:  


  • A banda Killer Barbys existe realmente, e são eles que atuam ao longo do filme, e a banda está na ativa até hoje;
  • O filme foi feito por uma produção da Espanha, mas o aúdio do DVD se encontra em francês;
  • O filme tem uma continuação sob o nome de Killer Barbys vs Drácula (2003); 
  • O nome da boneca famosa não foi usado porque sabiam que a Mattel não permitiria;        
  • A música "I Wanna Live in Tromaville" faz referência a cidade de mesmo nome da produtora de filmes de Troma, acostumada a  fazer filmes trash entre eles "A Camisinha Assassina" e "O Vingador Tóxico".

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